Site Meter Projeto Modes - Encheu? Joga Fora!: junho 2008

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Inverno

Ah, o inverno!

Sobretudo, écharpe, cachecol, bota de montaria, casaquinho xadrez, jaqueta de couro, lenço.

UFA!

A moda realmente nos dá muitas opções.

C'est très chic.

Só se for na França né?!
Por que no Brasil....

...aqui tem mulher usando CO-BER-TOR dentro do ônibus.
Você leu isso mesmo. CO-BER-TOR. Vi esses dias.
É, não tô brincando. O senso do ridículo chegou a esse ponto.

Não era um poncho, nem uma blusa de lã multicolorida, era um CO-BER-TOR mesmo, daqueles bem velhos, cheios de bolinhas.

Aí eu tenho três dúvidas:

1- Onde ela carregou esse CO-BER-TOR?
2- Como ela faz pra combinar roupas, acessórios e sapato com um CO-BER-TOR?
3- Onde foi parar o senso dessa mulher?

Alguém sabe responder?

É isso aí. Fez frio? Tem que usr o transporte coletivo pra trabalhar? Dá-lhe CO-BER-TOR!

Use e abuse

Não abuse

sábado, 21 de junho de 2008

Carpe Diem

Aproveite o dia! E se esqueça do que passou e do amanhã!

Carpe Diem, aproveite o dia como se não houvesse o amanhã. Preciso ir nessa festa hoje, pois nem sei se vou estar vivo amanhã, e na festa, bebo o máximo que puder, danço até a exaustão e para diminuir a exaustão, tomo com uma bala. A insônia se instala, mas existem remédios para dormir, e depois energéticos para despertar. O corpo funciona a todo vapor e tudo tem limites.
Aproveite o dia, hoje tudo é ótimo, tudo é lindo, disposição, beleza, facilidades e amizades, o menos preocupante é o depois, que tipo de pessoas serão frutos dessa geração carpe diem? Pois quem não é nada aos 20, e não tem nada aos 30, aos 40 não é nada novamente, e os homens de 40 são vistos pelas suas conquistas.

E cuidado o dia é curto! Só tem 24 horas, e amanhã não sabemos se estaremos vivos. Afinal tanta violência, corrupção, desastres naturais, quem pode garantir nosso futuro? NINGUÉM! As pessoas que deveriam se manifestar contra os desfalques do país e a preservação do meio ambiente estão apenas aproveitando o dia.

"Carpe Diem" é uma expressão romana. Oh, que lindo! Naquela época já pensavam assim. Mas numa época de decadência, na queda do império. O lema era aproveite o dia, pois amanhã, você pode ser morto. Então estamos em decadência ou em construção? Vamos pensar, será que devemos aproveitar tanto assim o dia, ou parar um minuto e pensar na disciplina e na visão do futuro?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O bom mesmo, é o amor à Bossa-Nova

Amigas, queridas, ouçam o que eu tenho a dizer: é preciso perder um amor. Ok, serve qualquer um. Do tipo insignificante, desses que a gente esconde dentro do bolso da calça. Ou gigante, desses que enchem tanto que transbordam. O importante é simplesmente, perder um amor. (para criar uma casquinha, virar coragem, e resultar em poesia)

Eu sou do tipo que perde o amor no vão do sofá, no meio da sala, ou esqueço dentro do carro, às vezes o meu amor se perde na rua, em plena paulista, sob um sol de 43° graus. E nem ligo se o amor foi adquirido em liquidação, prestação, ou se custou mais de um milhão. Porque todo mundo vai perder um amor de graça, sem cobrar absolutamente nada.

Nos amores à vela, é preciso olhar o mar como quem vai se afundar, acostumar-se com a maresia e o enjôo. É preciso jogar uma rosa (ou catuaba?) para Iemanjá (ou santa Naza?) e esperar. Tai um amor velado.

No labirinto dos dias, é necessário perder um amor. Errar o caminho, bater a cara no vidro e quebrar o mindinho, mas se o amor perdido ainda te deixar fora de órbita, vire uma astronauta, reconstrua satélites e troque a bateria das estrelas apagadas. Descubra novos planetas ou mude de signo. Porque o certo é deixar escapar um amor para entender as fases secretas da lua.

Só que preciso mesmo é perder um amor para merecer a Bossa Nova, o banquinho e o violão. É preciso perder um amor para entender o sorriso e a flor. É preciso ir ao cinema (mas cuidado! No escuro é ainda mais fácil perder um amor), escrever um romance e tomar conhaque. É como é deliciosamente preciso perder um amor no meio de um porre.

É preciso perder um amor em uma curva da estrada - e voltar pra casa dirigindo com cuidado. Não, minhas amigas, não chorem o amor que já saiu correndo, arrumou as malas e voou.. O amor é assim mesmo, cria asas e “Hasta La Vista, Baby”. E nem adianta procurar nos Achados e Perdidos do Metrô o amor esquecido às seis da tarde. Perdeu, perdeu. Entende a poesia?

Agora, Pense comigo, perder um amor é como cortar o cabelo. Um dia, ele cresce de novo - e a gente sempre fica melhor com um corte mais curto, né? Além do mais, é preciso perder um amor para que alguém encontre. Esse é o ciclo.

É preciso perder um amor para se sentir pior, melhor, dividido e inteiro. Tudo isso ao mesmo tempo.

E sem querer abusar do Fernando Pessoa, “Navegar é preciso, viver, não é preciso”.

Eta, precisão!

terça-feira, 17 de junho de 2008

De volta


Entramos e logo me conforto com duas doses de “Take in Sky”
(PUBs nunca escrevem CATUABA no cardápio)

Doors, Credence, Beatles.
Beatles, Stones, Hendrix.
Hendrix, Pearl Jam...

- Ei, cadê minha amiga?

Pergunto em vão a algum imaginário.
Era o terceiro “Take in Lye”.
Repasso todos os cantos num olhar.
Em vão.

- Com licença, como é o nome dessa bebida que...
- “Fake in Bye”. Minha quarta.
- Prazer, Bobby McGee.

Sim, o álcool é alucinógeno.
Bobby McGee.
O mesmo sorriso combinado.

- “Busted flat in Baton Rouge, waitin' for a train..”

Cacete. A minha música. O nome dele.
Violão que começa baixo, convence os casais ao lado.

- Vou para pista!

Ele me segue.
No som, na bebida, na cintura.
Os anos remetem às notas,
Paradoxal.
Leve, intenso, fixo.

- Vamos ao quinto “Fffake in Cry”, Bobby?
- Me espera?

.
.
.

Seu copo esquenta mais que os minutos em minha mão.
Treze acordes depois, o salão esvaziava.
Como se voltássemos a Salinas.


Freedom's just another word for nothin' left to lose
Nothin', an' that's all that Bobby left me
Feelin' good was easy, Lord, when he sang the blues
Feelin' good was good enough for me
Good enough for me and my Bobby Mcgee.


*a verdadeira história por trás de “Me and Bobby McGee” – Janis Joplin.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sessão: DIA DO CAPETA

E então hoje é sexta-feira 13.

Melhor que quinta-feira 12? Não sei.

Zagalo que o diga.


Se a sexta-feira 13 dá azar, eu não sei. Só sei que dois mil e oito anos depois de Cristo estamos vivendo o dia mais medonho da estratosfera.

Ontem foi dia dos namorados, ocasião que comentaremos em outro post. Não vamos entrar nos méritos da data, requer um estudo sociológico sobre como as pessoas se comportam de forma ridícula. Algo como "Hoje vamos ao motel, por que todos os outros dias não DEU!"

Aí vem a sexta-feira 13!

Pimba! Belzebu mandou bem e colocou a sexta-feira 13 no dia de St. Antony. Santo casamenteiro e ( indiretamente ) padroeiro dos solteiros. Rimou.

No dia de Santo Antônio estamos instituindo o Dia do Capeta.

Se você, depois de muito sofrer e pedir a todos os santos uma ajuda, resolveu fazer promessa pra Santo Antônio logo agora, eu informo que você se fodeu.

É triste. Mas não há chances dessa promessa dar certo em uma sexta-feira 13. É questão de bom senso.

E vem cá, ontem foi dia dos namorados, você estava sozinho. Culpar o santo é mancada. Pedir ajuda é pior ainda. A merda já tá feita, o pior dia já passou, o jeito é seguir em frente.

O Santo tá lá, cuidando da vida dele, e você quer que ele resolva sua vida? Pára né!

Se o Santo nunca te ajudou, quem dirá HOJE?

Perdeu!

Eu sou EMO!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Visita.


Ele entra pela porta de trás, fazendo pose de quietude. O tempo continuava o mesmo, calante e vivido. Ofereço uma bebida, campari com gelo, procuro argumentos, fico muda por instantes. Solto rápido e com pressa o que já queria ter falado. Que nós éramos iguais.
Uma risada.
Minha cara de ponto de interrogação.

Ele não entendia. Eu não entendia. Ele explica a diferença. Antes do meu manifesto.

Menina, você não se afunda. Ao invés disso anda sempre com o medo estampado, com ar de quem sabe das coisas, mas no fundo não sabe de nada. Morena que chora demais por passado, que pensa demais por acaso, naquilo que já devia ter se descruzado.
E fala que chegou pra adormecer as paixões.

Meu campari estava aguado porque parei pra escutar. E juntando as respostas, olhei, falei, que o que ele sentia era inveja de mim, me analisava durante todo o viver, tentando aprender como eu sofria tanto de amor. E tentava entender. Agora eu contei que éramos iguais, porque ele não sabe permanecer e eu também não e toda essa vida de amar e amar era simplesmente pra reviver em cada passo.

O copo dele voltou pra minha mão, foi embora calado. Penso que tentou absorver e entendeu as tantas vezes que ele trancafiou e eu joguei ao vento.

Ele cura.
Acho que não quero me curar do amor.
Ele junta os pedaços.
Já passou pela cabeça dele e de alguém,


se eu realmente quero meu quebra-cabeça montado?

terça-feira, 10 de junho de 2008

Sobre amores, doces e dores de barriga...

A panela começou a fazer pressão às 00h25 de uma noite de terça-feira. Floriana chegara em casa de saco cheio da faculdade, do volume de trabalho e dos dias cansativos que vinha tendo. Jogou-se no sofá, procurou algo de bom na televisão, mas nada interessou. “Tchiiiiii”, ela escutava lá na cozinha enquanto tentava relaxar em conversas bobas com os amigos na internet.

Esperou 20 minutos, foi até a panela de pressão, desligou o fogo e esperou até que pudesse retirar a lata de leite-moça que ali estava em banho-maria.

Assim que a panela esfriou, retirou a lata. Floriana pracisava esperar mais um pouco, agora para que a própria lata esfriasse. Lembrou-se que se sua avó estivesse ali, ela recomendaria mais uma espera, para não comer o doce quente.

Floriana tinha dores de barriga quase todas as vezes que ingeria brigadeiro ou doce de leite quentes. Não se importava. O prazer de comer o doce quentinho enquanto estava com vontade era compensador.

Floriana acabara de ver que o amor é um imenso pote de doce de leite. O banho-maria, a pressão, a ansiedade de abrir a lata, o prazer de degustar e, sim, muitas vezes a dor de barriga.

Mas Floriana tinha uma certeza: a degustação de uma colherada valia um dia inteiro com a dor de barriga.

Saudades

Vivo para ser feliz,
Sonhava em ser atriz,
Tenho uma cicatriz,
Éramos assim.

Crianças engraçadas,
Que andavam descalças,
E brincávamos na calçada,
Nunca nos preocupando.

Agora queremos sempre mais...
Mais amigos, mais perigos,
Mais amores, mais cachaça,
Mais risos e mais sonhos.

E também queremos menos...
Menos problemas, menos desilusões,
Menos violência, menos carências
E menos mentiras.

Sonhos bons, sonhos meus,
Que buscam quem está longe.
Música de saudade,
Saudade daquela idade.

O que passou, passou.
Já foi e já era.
Assim é o começo de várias primaveras
E o fim de vários invernos.

Estações do ano que vem e vão,
Passam, mas voltam.
Diferentes da idade
Que vai, somente deixando saudades !!!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Uma mulher de quase trinta anos com algumas coisas para ensinar


Posso ser dura, mas não sou burra. A vida é muito mais do que meia dúzia de palavras bonitas, e um dia, eu tenho fé que um dia todas as mulheres aprenderão uma receita básica. E o dia que isso acontecer dominaremos o mundo!

O caminho é diferenciar amor de excitação, ilusão de realidade, paixão de obsessão, e outras coisithas mais.

A ditadura dos homens na sociedade acabou. Por séculos perdurou uma cultura patriarcal sufocante, hoje podemos viver de igual, e, no entanto ainda vejo minhas amigas sofrerem. Se matando para envolver homens em jogos de sedução. Meninas, se esses cachorrinhos sem dono soubessem do nosso poder, iriam se curvar aos nossos pés todos os dias.

Temos que diminuir nossos problemas, isso é fácil. Não se trata de guerra declarada, apenas truques, vamos trocar experiências, manias, roupas e dicas, as coisas são mais simples do que parecem.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Calendário Poético.


Já se passaram os dias rasteiros. Janeiros.
E o calendário parece nunca chegar ao fim. Inícios sim.
Natal caiu em fevereiro. É carnaval o ano inteiro. Mais um mês passageiro.

As águas de março vão passar . A certeza de amor mal vivido já atormenta o meu pensar.
Um abril despedaçado. E o ritmo do coração segue com-passado.
E maio chegou ao final. É o que será de nós afinal?
Já não nos vemos mais. É hora de se mover e viver sem olhar pra trás.

Você parece uma estrela que brilha como duas no frio das noites de junho.
E no meu peito acende a fogueira. Faço mais esse rascunho.
Não posso ver o meu futuro nesses seus olhos escuros. Então fico contigo. Pra sempre abraçada, até acabar a madrugada e amanhecer em julho.
O próximo mês em que mergulho.

E quem sabe se ainda virão as tarde molhadas de agosto.
Ou a independência de setembro.
As árvores despidas de outubro.
Talvez um doce novembro.

Sem promessas vamos atravessar dezembros.
Sem ligar para esses dias que vão passando assim, saboreados devagar.

quarta-feira, 4 de junho de 2008


Ah, essa infeliz capacidade de ser infeliz.
Dizer que é feliz não cai bem.
Não soa, não se entende.
Então melhor a tristeza.
Soa, e se entende.
É fácil lidar com ela.

Se ensinaram que vida é difícil e complicada, por que a minha seria fácil e descomplicada?

"Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam."
Clarice Lispector

Desculpe-me por achar que aos vinte e três anos a vida foi bondosa.
Desculpe-me por não ouvir nas músicas as desgraças que todos ouvem.
Desculpe-me por não acreditar que o problema são os outros.
Desculpe-me por saber que o problema sou eu.
Desculpe-me por resolver isso.
Desculpe-me se minha vida tem todas as cores.
Desculpe-me se chegou sua hora.
Desculpe-me se é dolorido.
Desculpe-me se os aprendizados surgem dessa forma.
Desculpe-me se não é do jeito que você quer.
Desculpe-me se esse é o ciclo da vida.
Desculpe-me se eu acreditei em anjos.