Site Meter Projeto Modes - Encheu? Joga Fora!: agosto 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dieta do Amor

O Texto a seguir foi escrito em parceria por Luiza e Paula.



Acordei com a sensação crônica da burrice de todos os meus iguais: Ninguém sabe, e jamais saberá, como é que se faz para preservar o amor. Se subentendermos, então, que o amor tenha prazo de validade, poderíamos comparar o mais famoso sentimento do mundo como quem vai ali, no mercado da esquina, e compra doce de leite, salgadinho e a lasanha congelada.


A gente até tenta se precaver para tentar prolongar a existência do amor. Os químicos inventam novas embalagens a vácuo, sacos plásticos com fecho especial e mil formas de se manter em congelamento prolongado. Além, é claro, daquele monte conservantes que fazem mal (e a gente sabe que faz), mas que nos dão a sensação de um amor saudável e comestível.

Há táticas de avó que também podem ser consideradas infalíveis. Não adianta, por exemplo, experimentar o amor com a colher e depois voltá-la à panela. Acredite, azedará todo o amor que sobrou da receita. Ah! Guardar aquele amor antigo na geladeira prolonga o uso, mas faz perder o sabor. Nesse caso, cabe ao degustador saber se vale a pena ingerir.

E é para adequar-se a essa difícil realidade que algumas pessoas engolem de uma vez só todo o amor que podem. Mas estes, coitados, esquecem-se, que o organismo também descarta os restos mortais daquele amor ingerido às pressas. Algumas horas, um dia inteiro, dois no máximo. O amor vai embora do mesmo jeito.

Existem, também, os que preferem devorar aquele amor estragado, podre e fedorento a deixar de senti-lo dentro de si. Preferem o amor que provoca o vômito a amor nenhum. E essa pessoas o engolem, vomitam, agonizam e, por fim, acabam se alimentando desse mesmo amor outra vez e mais uma, e outra.

Se raspas e restos interessarem, existe ainda aquele amor que se espalha pelo chão, se derrama por toda a extensão do ambiente. Quem preferir tomar desse amor, terá que mastigar bem o orgulho, engolí-lo e, só então, abaixar-se e recolher do chão aquelas sobras sujas que tanto desejam, antes que tudo derreta.

Tem aquele amor caviar. Ninguém gosta, mas é uma questão de status. Esse amor é degustado no "hight societ". A verdade é que ninguém aprecia, mas engole para que outros admirem o bom gosto do degustador. Esse amores possuem um prazo de validade ainda mais curto, dura apenas o período da festa, depois, é só aguardar a reação imediata no organismo. Aquela repulsa incontrolável.


Aos saudáveis, vale o amor sem tempero algum. A falta do sal, por exemplo, evita problemas do coração. Estou falando daquele prato cheio de um amor morno e sem tempero. Amor sem graça, sem gosto. É claro que esse amor também perece, mas enquanto válido, pelo menos, não faz mal ao portador. Nem bem. Nem nada. E é por isso, que muitas vezes, esse amor é deixado de lado ou consumido simultaneamente com aquele amor salgado encontrado no fundo do armário.

Aos gulosos existem aqueles amores excessivamente doces, aquele amor envolto em chocolate, leite condensado e açúcar. Esse amor causa diabetes, engorda e faz mal. Mas é doce. Esse amor dá dor de barriga, e o prazo de validade sempre sobra. Normalmente, quem o consome logo se sente enjoado e acaba ficando até com vertigem. Mas não importa, esse é o amor mais doce de todos.


E mesmo com tudo isso, triste mesmo, é fazer regime de amor. É contar calorias e deixar de ingeri-lo. Assim como das proteínas, do cálcio, dos carboidratos e dos sais minerais, o corpo precisa do amor. E dificilmente alguém se manterá de pé se não consumir um amor de vez em quando. Ou, nesse caso, se não se permitir consumir pelo amor.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Melodia e letra.


Penso com carinho nos dias que preciso. Dias mais coloridos. Sem muito falatório, mas cheios de expectativas e sorrisos sinceros. Penso em como eles vêm e vão, e não permanecem. A dura realidade de dias frios e incompletos me fazem de palhaça, a ponto de parar de sonhar por segundos pelo que ainda quero. Você que não vêm, aquele que não vai. Outro que insiste em cutucar, mesmo que em silêncio. Penso naqueles que estão comigo diariamente e percebo que mesmo achando superficialmente que as rotinas são tranqüilas, no fundo sei que são como são. Como o meu eu. Com altos e baixos. Percebo que isso não me impede de tentar seguir em frente, comigo mesma, porque todos são assim. Cheios de ilusões (sim, ilusões) e dias felizes. A música toca alto nas caixinhas de som, presto atenção em cada detalhe, em cada troca de agudos e vozes leves e entendo como tudo tem um encaixe perfeito. Existem músicas que ainda não saíram do papel porque a hora não chegou. A minha hora chega assim que a melodia encontrar a letra.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Eu não sei na verdade quem eu sou !!!


"Eu não sei na verdade quem eu sou
já tentei calcular o meu valor
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou
Por que a gente é desse jeito?
criando conceito pra tudo que restou
Meninas... são bruxas e fadas
Palhaço é um homem todo pintado de piadas
Céu azul é o telhado do mundo inteiro
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro
Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor
E sempre encontro sorriso... e o meu paraíso é onde estou
Eu não sei... na verdade quem eu sou
Perguntar... da onde veio a vida
por onde entrei... deve haver uma saída
e tudo fica sustentado... pela fé
Na verdade ninguém... sabe o que é
Velhinhos são crianças nascidas faz tempo
com água e farinha colo figurinha e foto em documento
Escola! É onde a gente aprende palavrão...
Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração
Mas eu não sei na verdade quem eu sou
Já tentei calcular o meu valor
E sempre encontro sorriso... e o meu paraíso é onde estou
Eu não sei... na verdade quem eu sou
Perceber que a cada minuto
tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto
tem louco pulando o muro, tem corpo pegando doença
tem gente trepando no escuro, tem gente sentido ausência."


(Teatro Mágico)