- Ando preocupado com você.
- Não te acho com cara de quem se preocupa com alguém.
- Não me preocupo com as pessoas em si, mas com certos momentos da vida dos outros...
- Pelo menos assume que se importa com a vida alheia.
- A sua vida me interessa.
- Aonde quer chegar?
- Você perde tempo.
- Eu?
- Sim. Quando não vive do passado, planeja o futuro. E o presente?
- O presente é agora. Estou vivendo...
- Agora pouco você contava casos não terminados. Planejou o carnaval. Mas está aproveitando essa música que toca aqui atrás de nós?
- Talvez.
- Não acho.
- Não me rotule, vai. Viver sem pensar na vida não é viver.
- Pensar é uma coisa. Falar muito é reviver.
- Mas pode ser necessário.
- Eu não gosto.
- Do que?
- Que você fique revivendo certas coisas...
- Sente ciúmes?
- Sim.
- Não te acho com cara de quem se preocupa com alguém.
- Não me preocupo com as pessoas em si, mas com certos momentos da vida dos outros...
- Pelo menos assume que se importa com a vida alheia.
- A sua vida me interessa.
- Aonde quer chegar?
- Você perde tempo.
- Eu?
- Sim. Quando não vive do passado, planeja o futuro. E o presente?
- O presente é agora. Estou vivendo...
- Agora pouco você contava casos não terminados. Planejou o carnaval. Mas está aproveitando essa música que toca aqui atrás de nós?
- Talvez.
- Não acho.
- Não me rotule, vai. Viver sem pensar na vida não é viver.
- Pensar é uma coisa. Falar muito é reviver.
- Mas pode ser necessário.
- Eu não gosto.
- Do que?
- Que você fique revivendo certas coisas...
- Sente ciúmes?
- Sim.
Assim, ela o olhou por dois minutos.
Bebeu a segunda dose de conhaque, de uma vez, e o beijou.
Beijo duplo.
Dos mais demorados que aquele casal podia esperar.
Aquilo era um divisor de águas. Ela sabia.
Porque a partir dali, de um jeito ímpar, ele se tornou seu par.