Site Meter Projeto Modes - Encheu? Joga Fora!: sincopado.

quinta-feira, 19 de março de 2009

sincopado.


Te pego qualquer hora pra fugir daqui e consigo seus olhos que dizem que sim com a força e aquela vontade que eu sinto depois de um sábado que poderia ter sido de outro jeito. Sem vestígios. Percebo que aqueles rompantes de raiva e frio e medo vão embora junto com os copos de cerveja que tiraram a minha sede e trouxeram uma embriaguez desejada. Junto tudo num potinho de coisas que vão me trazer o desencanado que quero. Ligo, saio, vou embora, vou pro frio, vou pra longe com sonhos que tenho quando durmo e que continuam quando acordo. O que é nosso está guardado em mim, mas meu corpo não responde para tais expectativas.
Depois disso, começo. Fumo o que me agrada, bebo o que me sustenta e a risada sai despercebida em ruas e bares longínquos. Vejo seu vulto de longe, mas é só o vulto, como tem que ser. Procuro minhas chaves, meu relógio que atraso para sua hora não chegar. Peço outra cerveja. Minha respiração já parece lenta perto das horas anteriores. Mesmo sem querer, busco teu carro em faróis distantes e fico puta porque percebo que te quero. E quero mesmo, sem teorias de um futuro bom ou de um lance concreto. Grito por dentro e mando à merda tudo que vagueia por dentro e por fora, como vozes dos outros ou meus pensamentos idiotas. Nem tudo deve ser levado a sério, só as lembranças de bons momentos. O som do junkie Box me relaxa, talvez pela esperança que a madrugada traz fazendo-me esperar por ti.




Ela vivia me prometendo algum tipo de fuga, sem data marcada, sem plano traçado, sem google maps e premeditações de qualquer tipo. Eu fingia acreditar e contava algumas histórias de livros como se fossem minhas. Minha visão se dividia entre seu rosto e o horizonte enquanto dirigia sempre pelo mesmo caminho para deixá-la em casa e, ligeiramente embriagado pela última rodada de brahma e por alguma felicidade piegas, pegava o caminho de volta para o lar doce lar com o som no último volume cantando algum folk lento e leve. Às vezes a gente se perdia e se encontrava pelas mesmas ruas. Como naquela terça em que eu bebia com alguns amigos quando te vi passar e apenas ignorei. Estava de costas e podia sentir seus olhos, a dúvida. Não comentei nada. Talvez eu só estivesse bêbado demais pra te ver em qualquer lugar.
E eu preferia, naquela hora, não lembrar que estava me deixando levar desse jeito, embora sempre tivesse sido um adepto da vida sem rumos. Na teoria.
Então eu ligava e marcávamos alguma coisa. Eu chegava sempre atrasado, você na terceira cerveja e eu ainda sóbrio e um tanto sem graça, deixando o medo segurar um pouco as palavras e as intenções. Encho meu copo lentamente, olho pra cerveja que preenche o vazio, olho pra você, vazio, cheio. Transborda. Transborda e quando vejo já estamos num beijo com álcool com afeto e a noite parece marcar a hora zero.









































em parceria com Luciano Costa.






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9 comentários:

Unknown disse...

your blog is very good......

please visit my blog:
http://ufoyes.blogspot.com

Fernanda Doniani disse...

demais.
de-mais

Nina Kobayashi disse...

Os dois lado de uma mesma moeda.

Marianna Palma disse...

FODA!
Ficou mto mtoo bom!

Eduardo Araújo disse...

Ficou muito legal! Mesmo!

Beijos!

Anônimo disse...

Dois grandes paribões escrevem um grande texto.
amei

Luciano Costa disse...

sem comentários

Renan Rodrigues disse...

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em parceira com Luciano Costa.

paraíba é terra de poeta manja?

Marina Cabral disse...

ops, agora q vi o erro! auheuaheuhauehauhe

mas é parceira memo mano!
truta q é truta fala assim!

uaheuahuehauhea