Martinho da Vila tem 72 anos, escreveu dez livros e até hoje toma cerveja petiscando jiló no seu bairro carioca preferido: Vila Isabel.
Em 1965, fundou a escola de samba Unidos de Vila Isabel e, para este ano em especial, fez questão de compor o samba-enredo.
Uma homenagem ao centenário do nascimento de outra figura ilustre.
Com vocês, Noel Rosa.
Se um dia na orgia me chamassem
Com saudades perguntassem
Por onde anda Noel
Com toda minha fé responderia
Vaga na noite e no dia
Vive na terra e no céu
Seus sambas muito curti
Com a cabeça ao léu
Sua presença senti
No ar de Vila Isabel
Com o sedutor não bebi
Nem fui com ele a bordel
Mas sei que está presente
Com a gente neste laurel
Veio ao planeta com os auspícios de um cometa
Naquele ano da Revolta da Chibata
A sua vida foi de notas musicais
Seus lindos sambas animavam carnavais
Brincava em blocos com boêmios e mulatas
Subia morros sem preconceitos sociais
Foi um grande chororô
Quando o gênio descansou
Todo o samba lamentou
Que enorme dissabor
Foi-se o nosso professor
A Lindaura soluçou
E a Dama do Cabaré não dançou
Fez a passagem pro espaço sideral
Mas está vivo neste nosso carnaval
Também presentes Cartola
Araci e os Tangarás
Lamartine, Ismael e outros mais
E a fantasia que se usa
Pra sambar com o menestrel
Tem a energia da nossa Vila Isabel
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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2 comentários:
Humildade e simplicidade, ai que tá.
Vou ficar rica e continuar tomando cerveja no Brazucas e comenDo esfiha no Rudge.HAHAHAHAHA
AMO Martinho...não poderia ser mais adequado nesse fervo pré Carnaval!!
Bjoooos
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